sexta-feira, 12 de março de 2010

Procura-se um Amigo



Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.
Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.
Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.


Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Quem Morre



Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca. Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Assassinato na Academia Brasileira de Letras




Acabei de ler o livro de Jô Soares. Como o outro que ja tinha lido ( http://ciadolivro.blogspot.com/2009/04/o-homem-que-matou-getulio-vargas.html ) adorei!
O livro tem uma leitura bem agradável, apesar do vocabulário requintado tem uma leitura super fácil. Jô Soares misturou mistério com uma pitada de comédia nessa história policial.

¬¬
Machado Machado, isso mesmo minha gente, o detetive da hitória chama-se Machado Machado. Isso porque seu pai Rubino Machado era leitor apaixonado de Machado de Assis, querendo homenagear o poeta Rubinho colocou o nome de seu filho de Machado, sobrenome Machado!

Enfim, o policial terá que descobrir quem e porque estão matando os imortais da Academia Brasileira de letras. Vários assassinatos estão acontecendo aos "imortais" de forma misteriosa. todos estão morrendo da mesma maneira, INVENENADOS, mas nao se sabem qual é esse veneno e nem como estão envenenando as vítimas.

Com as mortes várias pessoas estão querendo concorrer as vagas da Academia, com isso os candidatos começam a subornar os sobreviventes para ganhar um espaço entre eles, sendo assim são também suspeitos.

O final e surpreendente e pra mim foi inesperado.

recomendo esse livro!
bjs...

sexta-feira, 5 de março de 2010

No Auge da Paixão



Comprei meu primeiro livro de banca. Ja cheguei a ler alguns na minha adolescência, livros que minha mãe tinha em casa, mas nunca tinha comprado nenhum.
Como estou seguindo o blog: http://www.romancesinpink.com.br/ resolvi começar a ler esses livrinhos, estou me interessando por esse tipo de literatura.

Vamos ver como será!
Quando terminhas de ler o livro de Jô Soares começarei a ler No Auge da Paixão de Hannah Howell